Translate

terça-feira, 17 de maio de 2016

Cuidado com o "politicamente correcto"

Perdoai-me, ó vós que são sensíveis a este tema. Mas não posso deixar de ser ironista por cá. Uma das reclamações mais ouvidas e alardeadas é que não houveram negros e mulhres ao ministério do presidente Michel Temer - presidente em exercício - da República Federativa do Brasil. Tal acusação recai sobre a pecha de preconceito e de retrocesso. Palavras cunhadas juntas de forma anacrónica - como é que algo concebido antes (pré) pode trazer algo de retorno (retro)? Mas a sensível retórica dos movimento ligados ao governo afastado são prova cabal de que o tenso movimento de jus sperniandi está a pleno vapor. 

Que deixem-me totalmente equivocado se esta maneira de ver o mundo nada mais é do que a maneira de separar, dividir, crir clãs e retroceder. 

Senão vejamos, o nobilíssimo Marx em algum trecho de sua obra louva ou inclui as mulheres? O também igualmente nobre Che Guevara não dizia que homossexuais deveriam ser exterminados? O não tão menos nobre Lenin não admitia nada que não fosse oriundo de violência e de estrago à humanidade?

E pior: o  próprio Marx disse-nos que a verdade é que a política não era para os negros, por estes serem inferiores. Busquem tais fontes em cartas de Marx sobre o tema. 

Carta de Marx a Lassalle: "... é agora completamente evidente para mim que, como provam a formação do cránio e de seus cabelos, ele descende do negros do Egito, presumindo que sua mãe ou avó tenha cruzado com um preto" (1887) 

Engels ao mesmo ano: "A estar em sua qualidade de outro preto, um grau mais próximo do resto do reino animal do que do resto de nós, ele é sem dúvida alguma o representante mais adequado deste distrito" 

Percebais, ó vós, o quão preocupados com as minorias sociais são estes dois baluartes do pensamento socialista. 

Marx a Engels: "Em suas aplicações históricas e Políticas, Trémaux é muito mais importante e frutífero do que Darwin [...] Como ele indica (ele esteve na África por muito tempo) o tipo do negro é apenas a degenaração de um tipo muito superior" 

Além de referir-se a Lassalla como "judeu nigger", termo pejorativo usado em muito nos EUA e que até hoje tem tom pejorativo. É, até nossos "heróis" cometem preconceitos e outros, anos depois falam de politicamente correcto. 
Há alguma coisa que não remete à realidade e não remata a sensibilidade das pessoas. O mundo muda e o tempo passa e nós vemos cada vez mais o nosso "ideal", o clã "ideológico" cada vez mais desmontado. 

Vale lembrar o "grelo duro" do chefe do petismo em Brasil Lula. Ao referir-se às mulheres de seu partido que, por muito menos, promovem uma insurreição. Por ventura, alguém sabe dizer-me o porquê de não ter provocado reacções?

Mas a referência certa é a de que "nós" podemos falar, mas "eles" não. Nós aceitamos que alguém fale, mas eles não. Nós temos "green card" e eles não. Será que a divisão das pessoas chega até este ponto? 
Enfim... 

Acompanhemos os próximos capítulos do ministério não inclusivo da não-esquerda. Perdoai-os, pois eles nem sabem a sua própria história. 



Eustáquio Silva  (17/05/2016)

Um comentário: